sábado, 11 de janeiro de 2014

Nairóbi (Quênia) - Animal orphanage

Ontem nós tínhamos planejado ir pra aula de swahili (esqueci de comentar que aqui no Quênia todo mundo fala duas línguas: inglês e swahili) que a AIESEC daqui proporciona para os intercambistas ás sextas-feiras ao meio dia e depois iríamos todos juntos para o hospital do câncer aqui de Nairóbi para brincar com as crianças. Mas infelizmente chegamos lá e não tinha ninguém para nos dar aula. Ficamos esperando e também não pudemos ir ao hospital porque a pessoa encarregada de nos receber lá não ia estar. Já é o segundo dia que minhas expectativas ficam meio frustradas e "perdemos" o dia por causa de terceiros, então falei com o pessoal que nós temos que começar a organizar as coisas mais por nós mesmos, sem ficarmos dependendo muito dos outros.

Ah, pra não dizer que perdemos o dia, nós visitamos um parque bem bonito que tem no centro da cidade e também ficamos juntos, o que por sí só já é bem divertido. Ontem encontrei mais 6 brasileiros que também estão aqui. Abaixo estão  uma foto do parque e outra do pessoal. Eu + 6 brasileiros + 1 colombiana + 1 chinês. 


Então hoje (sábado) nós planejamos por nós mesmos ir pra o "elephant orphanage", mas acabou que descemos do matatu no lugar errado e acabamos parando no "animal orphanage" e entramos achando que era a mesma coisa. Quando eu entrei eu fiquei muito triste porque, além de ter percebido que tínhamos entrado no lugar errado, achei que era como um zoologico. E poxa, estar na África e ir pra um zoologico não faz sentido pra ninguém, muito menos pra mim que sou totalmente contra qualquer tipo de escravidão dos animais para o "beneficio" humano. Mas depois conversando com um dos caras que trabalhava lá, ele me disse que não é como um zoologico, porque aqueles animais que estão ali estão se recuperando, se reabilitando de alguma coisa. Segundo ele, esses animais não teriam conseguido sobreviver se não tivessem ido pra lá. Então poderia mudar minha ideia e começar a achar o lugar ótimo, a não ser pelo fato de que o cara disse que esses animais nunca vão voltar a serem soltos na natureza. Eles provavelmente vão pra um lugar bem maior pra terem mais liberdade, mas não vão voltar pra natureza. Não entendi o motivo, meu inglês só conseguiu captar o difícil sotaque do homem até aqui.

Foto de um dos leões que está lá sendo reabilitado. Lindo, né?


Depois que o assunto com essa pessoa que trabalhava lá acabou ele ofereceu se nós não queríamos fazer carinho no filhote do leão que estava lá. As meninas e o Simon ficaram loucos, mas de começo eu não quis porque acho que mais uma vez é uma forma de escravizar os animais em torno do "beneficio" humano. Mas depois eu pensei duas vezes e acabei dando o braço a torcer por dois motivos. Primeiro porque isso não é uma atração turística extremamente lucrativa que escraviza os animais, seria uma exceção só pra gente. Segundo porque o animal não estaria drogado (como acontece naquele famoso zoologico na Argentina, por exemplo), fora do seu estado natural só pra gente poder passar a mão e tirar foto. Como era um bebe ele estaria em seu estado natural. Acabei concordando e acho que valeu a pena, não estou arrependida. O bebe era uma gracinha, muito barrigudinho e tentava lamber e morder. Queria ter perguntado quantos meses tinha, mas esqueci.

 

Um beijão pra quem tem acessado aqui! :*

2 comentários:

  1. Muito legal min!! Ainda bem que você esta com um grupo grande por ai, que assim fica mais fácil de vocês ficarem mais independentes! E quanto aos animais, foi muito legal você ter sem importado com a história daqueles animais que estavam lá, e acredito que eles não possam voltam a natureza porque eles não estariam mais aptos a sobreviver assim como os outros. Deve ser aquela velha história da lei da natureza: "os mais fortes vencem os mais fracos"! Beijos

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    1. Você tem razão, Ju, deve ser por isso mesmo! Eu só fiquei confusa, porque ao mesmo tempo que também pensei nisso que você disse, achei que talvez o animal que aprendesse a se virar na selva nunca mais esquecesse. Mas talvez eu esteja errada. Tomara que esteja, aliás. Beijão!

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